Ex-PM suspeito de envolvimento com homicídios e contrabando é transferido de hospital para a Penitenciária Federal de Mossoró
João Maria da Costa Peixoto, conhecido como João Grandão, foi preso dia 18 de setembro e estava internado no Hospital Walfredo Gurgel. João Maria da Costa Peixoto, o João Grandão (arquivo)
Fred Carvalho/g1
Investigado por homicídios e por escolta de carga de cigarros contrabandeados, o ex-policial militar João Maria da Costa Peixoto, conhecido como João Grandão, foi transferido na noite de terça-feira (19) para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Oeste potiguar.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, a Polícia Penal estadual transferiu o preso após alta médica e determinação da Justiça. Ele estava internado no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, sob escolta policial.
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João Grandão foi preso no 18 de setembro, quando deu entrada no hospital baleado em uma troca de tiros com policiais. Ele chegou a ser transferido da unidade para um presídio estadual no dia seguinte, mas teve uma piora e voltou à unidade de saúde, onde estava desde então.
Ex-PM preso é transferido para Penitenciária Federal de Mossoró
Seap/Cedida
Segundo as autoridades, o homem, que já era foragido da Justiça, estava fazendo a escolta de uma carga de cigarros contrabandeados, atirou contra policiais civis e agentes da Receita Federal que deflagraram uma operação contra o crime e acabou baleado.
João Grandão também é acusado de um triplo homicídio que aconteceu em 2022 no bairro da Redinha, Zona Norte de Natal.
“A transferência foi realizada por policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE) e Grupo Penitenciário de Operações com Cães (GPOC), unidades especializadas da Secretaria da Administração Penitenciária, e do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar”, informou o Seap.
Histórico de crimes
João Grandão já passou pelo sistema penitenciário federal e por presídios estaduais do Rio Grande do Norte. Ele foi preso em 2005 em decorrência da Operação Fronteira, deflagrada pela Polícia Civil, e apontado como líder de um grupo de extermínio que atuava na Grande Natal. Após a operação, ele foi condenado por associação criminosa armada.
João Grandão voltou a ser detido em abril de 2009 ao ser acusado pelo Ministério Público pelo assassinato de José Cremildo Fernandes, executado a tiros no dia 26 de dezembro de 2008. Porém ele foi absolvido da acusação em 2013.
Em 2016, enquanto cumpria prisão no regime semiaberto por assassinato, o ex-policial militar foi preso pela Polícia Federal do Rio Grande do Norte por suspeita de envolvimento com crimes de contrabando, organização criminosa e corrupção ativa.
Em 2022, o policial voltou a ser implicado em outros crimes. Ele é suspeito de envolvimento em um triplo homicídio e na tentativa de homicídio contra outras três pessoas no bairro da Redinha.
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